sábado, 21 de junho de 2014

Preciso, precisas, precisamos...




Preciso...
da tua presença
da força do teu abraço
do brilho do teu olhar
do calor do teu sorriso...
Preciso de te sentir comigo!
Como se...
...sem a tua presença o meu não se  tornasse transparente,
...sem o teu abraço o meu eu de despedaçasse nos dias
...sem o brilho do teu olhar eu cegasse para o que é realmente importante na vida
....sem o teu sorriso secasse a alegria da minha alma
Preciso da tua mão contra a minha, para saber que não avanço sozinha. 
Porque parte de mim, és tu. 
Preciso do teu sorriso para saber se o que faço, faço bem. 
Simplesmente porque sabes sempre como dizer-me como fazer melhor.
Preciso de te sentir, simplesmente porque gosto de ti. 
E quando se gosta, 
...precisa-se. 

Final de mais um ano...

Tempo de reflexão e balanço... tempo de avaliação auto e hetero....
Não resisto a publicar um texto de Diana Gaspar Duarte, psicóloga, que nos leva a refletir sobre o país que temos...

"Somos o país das escolas vazias. E dos mega agrupamentos lotados.
Onde há muitos professores sem trabalho e outros a enlouquecer pela quantidade do mesmo.
Somos o país onde na mesma sala se dá dois anos escolares distintos. Mas não interessa, porque não há dinheiro para dois professores.
Somos o país onde os programas escolares são gigantes e muitas vezes desenquadrados das necessidades de aprendizagem.
Somos o país onde desde cedo se tem explicações, não porque os nossos alunos não sejam suficientemente inteligentes, mas porque o programa é louco. Onde os pais não conseguem ajudar a fazer os trabalhos de casa, agora mais exigentes e em maior quantidade.
Somos o país onde não há praticamente psicólogos nas escolas, porque não há verba. Ou necessidade.
Somos o país onde as crianças ou não têm tempo para brincar, ou já não sabem brincar.
Somos o país onde o ensino especial é só para alguns. E a diferença não é contemplada, sendo grande partes das vezes, só alvo de rótulo.
Somo o país onde cada vez mais, há crianças a entrar com 5 anos para a escola, anulando-lhe a possibilidade de mais um ano de brincadeira para melhor crescer. Para desenvolver de forma consistente a concentração e atenção, fundamentais para o processo de aprendizagem.
Somos o país onde o número de crianças com hiperactividade e de défice de atenção é no mínimo, bizarro. Onde a imaturidade reina e a falta de controlo de comportamento também. E de regras, com certeza.
Somos o país com programa de ensino desfasado do desenvolvimento das suas crianças.
Somos o país onde algumas crianças trabalham mais horas que adultos.
Somos o país que premeia os quadros de mérito, mas não premeia a excelência humana. Que pena, talvez se assim fosse, os níveis de violência nas escolas fosse menor.
Somos o país de pais cansados e desorientados.
Somos o país de professores angustiados e revoltados.
Somos um país de cortes. Que corta em tudo. E mais precisamente, no futuro do seu próprio país.
Somos um país cheio de tanta coisa, mas vazio do que realmente interessa.
Somos um país que precisa de dar um murro na mesa e defender aquilo que é seu. Nosso.
A escola. As crianças."

Diana Duarte 16-IV-2014